Neste post vou contar como foi nossa experiência visitando vinícolas de bicicleta, passeio que é a forma mais econômica de conhecer algumas vinícolas de Mendoza (lê este post para saber mais informações sobre a cidade e sobre nossa programação durante a estadia por lá).
Mendoza – visitando vinícolas de bicicleta
Para equilibrar as finanças depois da tour esquema-patrão com motorista particular do dia anterior, neste dia fizemos um passeio bem “mão-de-vaca” 😀 .
Durante o planejamento da nossa viagem, vimos que seria bastante complicado usar transporte público para conhecer vinícolas, pois na sua maioria elas estão distantes das áreas de abrangência dos ônibus. Muitas pessoas que usam ônibus, têm que complementar trechos dos seus deslocamentos com táxi. Porém, encontramos este excelente post do blog Lole Pocket. Ela ensina, tim-tim por tim-tim, a explorar de ônibus+bike a região de Maipú. Nosso passeio foi baseado nesse roteiro. Recomendo a leitura do post antes de seguir por aqui, a fim de entender melhor o que vou descrever na sequência (até porque não vou ficar repetindo as dicas que são dela, e não minhas 😉 ).
Não tivemos que comprar o cartão Redbus pois conseguimos um emprestado com a nossa hospedagem. Levamos a um local que faz recarga, dissemos que queríamos ir e voltar de Maipú, a moça verificou que tinha um saldinho no cartão e nos cobrou a diferença (ARS 35). Então, acabei ficando sem saber o valor atualizado desses trechos, mas na hora de comprar o cartão ou recarregar é só informar o destino que eles saberão o valor necessário.
Pegamos o ônibus e quando informamos o destino ao motorista, ele já perguntou se íamos fazer o passeio de bikes. Bem simpático, ficou de nos avisar do ponto onde deveríamos descer.
Em vez de nos largar na Plazoleta Ruttini, ele nos disse para descer na parada seguinte, pois era bem em frente a uma loja de aluguel de bikes. Baixamos do ônibus e já fomos abordados por um cara dessa loja, que nos informou preços do aluguel e nos deu um mapinha com as vinícolas da região.
Caminhamos até a Mr. Hugo para ver se tinha alguma diferença no serviço. O preço do aluguel era o mesmo, mas eles ofereceram desconto em um restaurante caso quiséssemos almoçar e acabamos alugando ali mesmo. O valor foi de ARS 150 por pessoa, pelo dia todo.
Começamos as visitações pela Bodega Domiciano. A visita guiada seguinte começaria em cerca de 15 minutos, em português, e custou ARS 140 por pessoa.
Dali a pouco chegou um ônibus de excursão de brasileiros e iniciamos a visita. Passamos por uma parte dos vinhedos, depois pelos setores de produção, visitamos a cave subterrânea e seguimos para a sala de degustação.
Nos serviram primeiro um vinho branco e depois um tinto. A visita do grupo da excursão terminou por aí, e ficamos só nós dois com atendimento exclusivo. Nossa degustação incluía mais um vinho e, além disso, como a funcionária nos viu chegando com as bicicletas da Mr. Hugo, disse que tínhamos direito a uma taça extra! Oba! Ela nos deixou escolher o que queríamos provar, pedimos um malbec e um espumante. Estavam bem gostosos.
Quando saímos, o portão da vinícola já estava fechado para o horário da siesta e um funcionário teve que vir abrir para podermos ir embora. 😮
Fomos pedalando pela avenida principal procurando um lugar para almoçar (o restaurante com desconto do Mr. Hugo era um pouco afastado e optamos por não ir até lá). Todos os bares e restaurantes que avistamos estavam fechados para a siesta! Encontramos um lugar que nem restaurante era, mas sim uma casa com duas mesas na frente. Eles serviam almoços, mas estava tão calor que não estávamos com fome e somente dividimos um hambúrguer, só para comer algo antes de seguir com a maratona de vinhos 🙂 .
Seguimos a fim de visitar o Museu do Vinho que funciona junto da Bodega La Rural.
Chegando lá, tudo fechado. Só um vigilante no portão de entrada, que nos informou que reabriria somente às 15 horas (horário da próxima visita). Faltava mais de meia hora e optamos por não esperar, mas achamos bizarro esse lance das vinícolas estarem fechadas para a siesta, até porque no site oficial eles não mencionam isso.
Pedalamos até a Trapiche e lá sim tudo estava funcionando normalmente. Já estava começando uma visita em inglês para um grupo de cinco rapazes e moças israelenses, nos juntamos a eles. Pagamos ARS 180 por pessoa.
Achamos as instalações e o entorno da Trapiche muito bonitos. Um dos prédios fica junto a uma antiga linha férrea, que era de fato usada para carregar boa parte dos vinhos produzidos ali.
A degustação foi em um mezanino no segundo andar do edifício, com uma bela vista para a plantação de oliveiras, um antigo vagão de trem e algumas montanhas ao fundo. Provamos um sauvignon blanc, um reserva cabernet franc e um ótimo Medalla malbec.
Decidimos conhecer uma olivícola para mudar um pouco a programação. Passamos pela recomendada olivícola Santa Augusta, mas adivinha? Fechada! Essa gente estava de pegadinha conosco… 😀 Fomos a outra olivícola que constava no mapinha que ganhamos no Mr. Hugo, não me lembro o nome dela e nem encontrei agora informações a seu respeito, mas ela ficava na Calle Urquiza esquina Pres. Bartolomé Mitre. Chegando lá, era mais uma loja de produtos variados do que uma olivícola, e eles ofereciam uma degustação paga. Já estávamos tão cansados de pedalar sob aquele sol escaldante (e com um tanto de vinho no organismo), que resolvemos ir embora.
Devolvemos as bikes no Mr. Hugo e a mulher que nos atendeu gentilmente nos serviu refrescos bem gelados antes de irmos. A 50 metros dali fica o ponto de ônibus, logo em seguida passou um e retornamos ao centro de Mendoza. O ponto de desembarque é exatamente o mesmo onde pegamos o ônibus no início do dia.
Apesar de ter sido bastante cansativo pelo calor dessa época, foi um passeio muito bom e uma forma diferente e econômica de se conhecer mais um pouco das vinícolas de Mendoza, provar ótimos vinhos e ver paisagens bonitas.
Lê também:
- Mendoza – Visitando vinícolas com operadora de turismo
- Mendoza – Visitando vinícolas com motorista particular
- Tour Alta Montaña – Mendoza
- Travessia dos Andes em ônibus (de Mendoza a Santiago)
Este passeio foi realizado em 18 de janeiro de 2018.
O blog fica muito melhor e mais completo com tua participação. Tens alguma sugestão para dar, alguma informação a acrescentar, alguma dúvida? Deixa nos comentários 😉
9 de outubro de 2018 at 11:02
Olá!
Sabe dizer qual horário as lojas de aluguel de bicicletas abrem?
9 de outubro de 2018 at 19:48
Olá!
Quando estive lá, a Mr. Hugo abria às 10 e a devolução das bikes tinha que ser até as 18 horas.
Este passeio é uma delícia de fazer, bom proveito!
16 de julho de 2019 at 16:55
Passeio muito perigoso.
As vias são movimentadas, nem todas têm espaços para ciclistas.
Passei “aperto”.
Não recomendo.
16 de julho de 2019 at 19:31
Que pena saber que tu tiveste uma má experiência, Jorge!
Nos trechos por onde andei haviam ciclovias, e nas ruas secundárias havia pouco movimento, foi tudo bem tranquilo.
De qualquer forma, obrigada por deixares teu ponto de vista aqui, fica de alerta para quem está pensando em fazer esse passeio. 😉
23 de outubro de 2024 at 22:20
As adegas são próximas do local de locação? As ruas são planas?
20 de novembro de 2024 at 13:29
Olá! Sim, as vinícolas são próximas e as ruas são planas.