Foi minha primeira vez na região Norte do Brasil e o destino inicial não podia ser outro senão Manaus e, em especial, o icônico Encontro das Águas. Para vivenciar algumas experiências típicas da região, acrescentei uma estadia de 3 dias e 2 noites em uma hospedagem de selva, distante de qualquer cidade “grande” (com direito a uma pernoite em rede, no meio da selva). Fiz, ainda, o trajeto de barco de Manaus até Santarém, pois o barco é o único meio de transporte em muitos deslocamentos na região Amazônica e eu queria experimentar um pouco dessa realidade tão diferente da minha. E para finalizar, passei uns dias na paradisíaca Alter do Chão, com suas águas que parecem mar – mas são ainda melhores!
Roteiro Norte do Brasil
Dia 1
Chegada em Manaus durante a madrugada. Durante o dia, passeios a pé pelo Centro Histórico: Largo de São Sebastião, Teatro Amazonas, Mercado Adolpho Lisboa, Porto de Manaus.
Dia 2
Ida para o Tour de Selva (3 horas e meia de deslocamento até o Juma Lake Inn), passando, no trajeto, pelo Encontro das Águas. De tarde, passeio de barco, pesca de piranhas, muitos banhos de rio, e à noite, focagem de jacarés.
Dia 3
Passeio para ver o nascer do sol. Mais tarde, caminhada de 2 horas por dentro da floresta, aprendendo sobre plantas, animais e hábitos da região. Pela tarde, deslocamento de 45 minutos até o acampamento onde o jantar foi feito na fogueira e passamos a noite em redes, imersos nos sons da floresta.
Dia 4
Café da manhã também preparado na fogueira. Visita à casa de um caboclo (morador local) para conhecer a rotina dos habitantes ribeirinhos. No início da tarde, retorno para Manaus. À noite, concerto (grátis) no Teatro Amazonas.
Dia 5
Visita guiada no interior do Teatro Amazonas. Visita ao Palácio Provincial, que conta com 5 museus (a Pinacoteca vale a visita). Ida ao Museu do Seringal. Banhos de rio apreciando o por do sol na praia de Ponta Negra.
Dia 6
Passeio de barco “turistão” 😀 : interação com botos, “pesca” de pirarucus, pequena caminhada por um trecho de mata para ver plantas e bichos, apresentações de músicas e danças de uma tribo indígena e Encontro das Águas. No retorno, visita ao Palácio Rio Negro.
Dia 7
Pela manhã, Feira da Av. Eduardo Ribeiro (funciona aos domingos). À tarde, visita guiada – excelente – no Musa, o Museu da Amazônia.
Dia 8
Saída do barco de Manaus para Santarém.
Dia 9
33 horas de deslocamento depois, chegada em Santarém às 11 da noite. Táxi para Alter do Chão.
Dia 10
Um dia inteiro de relax desfrutando da deliciosa Praia do Amor.
Dia 11
Passeio de dia inteiro para a Flona (Floresta Nacional do Tapajós), incluindo uma inesquecível caminhada de cinco horas e meia dentro da floresta.
Dia 12
Passeio de dia inteiro para a região do Rio Arapiuns, parando em pontos para banho paradisíacos e conhecendo comunidades locais.
Dia 13
Busão para o aeroporto de Santarém e retorno para casa :/ .
Em resumo, foi uma experiência sensacional passar esses dias nesse pedaço do Norte do Brasil. Paisagens únicas, sabores inusitados, muitos banhos de rio deliciosos…
Sem contar que estar em contato com a Floresta Amazônica, com a sua imensidão e com sua riqueza, é daquelas experiências – necessárias de tempos em tempos – que nos recordam o quanto somos minúsculos.
O blog fica muito melhor e mais completo com tua participação. Tens alguma sugestão para dar, alguma informação a acrescentar, alguma dúvida? Deixa nos comentários 😉
18 de janeiro de 2023 at 08:52
ola! voce fez a viagem sozinha? se sentiu segura? to querendo fazer esse mesmo roteiro sozinha. Obrigada! 🙂
20 de janeiro de 2023 at 14:12
Oi, Marieta!
Sim, fiz a viagem sozinha, e me senti segura sim. É claro, há cuidados básicos que nós mulheres temos que tomar sempre: estar sempre atenta ao teu redor, evitar regiões ou ruas vazias, especialmente à noite, esse tipo de coisa.
Manaus, saindo um pouco do Centro Histórico as ruas são um pouco mais desertas. Se precisar (principalmente à noite), usa Uber. Durante o dia, usei ônibus pra ir pra Praia da Ponta Negra e tb para o Musa, foi tranquilo.
No barco para Santarém, notei algumas moças que estavam dançando e papeando com uns caras no bar, todos bebendo, e depois os caras ficaram no pé delas. Só não dar abertura que eles te deixam na tua.
Alter do Chão tem um ar quase de vilarejo e, apesar das ruas fora do centrinho não terem muito movimento, achei bem sossegado. Não transitei a pé muito tarde da noite, mas saía pra jantar e voltava e me senti segura.
E sempre vale aquela dica de ficar em hostel pra conhecer gente e ter companhia. 😉
Vale muito a pena fazer essa viagem! Vais amar!
28 de março de 2023 at 19:58
Olá,
Gostaria de saber se você contratou serviço de alguma agência. Como conseguiu as informações necessárias para chagar aos locais.
Obrigada!
5 de abril de 2023 at 09:54
Olá, Luciana!
As agências que usei durante essa viagem foram:
-Iguana Tour para o Tour de Selva
-Juju Tour para o passeio de barco de um dia em Manaus (dia 6 do roteiro)
-os dois passeios em Alter do Chão (dias 11 e 12) fiz com o guia parceiro da hospedagem em que fiquei, o Hostel e Pousada Tapajós. Eles levam também pessoas que não estejam hospedadas com eles.
O barco de Manaus para Santarém é operado por embarcações diferentes conforme o dia da semana, tem de 2ª a sábado. Comprei o tíquete diretamente no Porto de Manaus.
O restante fiz por conta própria.
Se ficares ainda com alguma dúvida, pode perguntar 😉
8 de maio de 2024 at 14:55
Ola! Voce reservou com antecedência os passeios com as agencias em Manaus e com o guia em Alter? Ou foi tudo quando já estava lá?
8 de agosto de 2024 at 19:26
Olá!
Reservei com antecedência somente o tour de selva.
Os demais passeios, tanto em Manaus quanto em Alter do Chão, reservei no dia anterior ao passeio.
14 de março de 2024 at 06:28
Oi! Pretendo fazer a mesma viagem sozinha em julho ,mas tenho uma dúvida,na travessia de barco aonde ficam as malas ? Porque eu ficaria sem dormir preocupada com a minha mala haha
27 de março de 2024 at 20:18
Olá!
Não há lugar próprio para as bagagens no barco, elas ficam espalhadas pelo chão do convés mesmo. Algumas pessoas a colocam logo abaixo da sua rede, e outras as amontoam mais nos “cantos”, junto às paredes ou às colunas de sustentação. Se tu reparar a foto das redes no barco, vais ver algumas bolsas e sacolas pelo chão, é assim por tudo.
Recomendo levar o mínimo de bagagem possível 😉 .Eu estava com uma mochila de 40 litros e uma mochilinha de 10 litros com objetos importantes e de valor que carregava para todo lugar no barco comigo, e que mantive comigo na rede inclusive enquanto dormi.
Excelente viagem pra ti!
28 de julho de 2024 at 19:15
Olá, vc sentiu medo na travessia do barco? Pq 33h e nesse riozao, tem colete? Foi super lotado?
8 de agosto de 2024 at 19:06
Olá!
Não senti medo algum, mas não costumo ter medo de água, não tenho problema em ficar dentro da água mesmo onde não dou pé e sei nadar bem. Só tenho medo quando há correnteza, mas nesse trajeto não é o caso.
O barco foi cheio, não lotado e menos ainda superlotado, e havia coletes salva-vidas sim.
1 de setembro de 2024 at 11:54
Bom dia. Legal seu roteiro, estou programando algo parecido. Porém em março época de inicio das chuvas, meu receio é pegar Alter do chão sem as praias. Você fez em dezembro? Agradeço o retorno
3 de setembro de 2024 at 18:20
Olá!
Fiz essa viagem em um mês de novembro, um dos melhores para visitar Alter do Chão.
Indo em março, há possibilidade bem considerável das praias estarem submersas, pois os meses de janeiro e fevereiro já tendem a ser chuvosos, elevando os rios. Por outro lado, dizem que é um ótimo período para fazer passeios pelos igarapés, pois estão inundados.
Ótima viagem para ti!
15 de outubro de 2024 at 14:25
oi, tudo bem? qual a pousada ficou em Manaus? obrigada.
20 de novembro de 2024 at 13:30
Oi, Priscila! Fiquei no Local Hostel Manaus.