Depois de um segundo dia cheio de ótimas surpresas no nosso Tour pelo Salar de Uyuni, chegou o dia mais aguardado do passeio: conhecer o próprio Salar de Uyuni!
Dei maiores informações sobre este tour no post Salar de Uyuni: como é o tour. Fizemos o passeio de 4 dias e 3 noites com a empresa Cruz Andina, saindo de San Pedro do Atacama (Chile) e retornando para a mesma cidade.
Vamos ao relato.
Pulamos da cama ainda na madrugada, noite fechada. Temperatura próxima a 0º.
Nossa hospedagem era na “borda” do Salar, então logo já estávamos transitando sobre ele. A escuridão tomava conta e só o que dava para enxergar era a longa fila de carros atrás de nós (conseguimos ser os primeiros!), enquanto escutávamos o barulho da água batendo nos pneus, pois era uma região alagada.
Aos poucos, o dia começou a clarear. Chegamos em uma parte seca e descemos ali para admirar aquele espetáculo. Por incrível que pareça, aqueles 20 ou 30 carros que estavam atrás de nós tinham se dispersado. Não víamos nenhum outro veículo ou pessoa em qualquer direção que olhássemos! A sensação foi incrível, parecia que o show do sol nascendo sobre o imenso Salar de Uyuni era só para nós.
Sabem quando a gente está presenciando algo muito especial e temos vontade de pular, correr, tirar fotos bobas? Esse é um lugar perfeito para isso! 😀
Depois das bobices, paramos quietos e ficamos absorvidos por aquele momento maravilhoso.
Depois que o sol terminou de sair, nos dirigimos a uma das 33 ilhas do Salar. Essas ilhas são porções de terra acima do nível da camada de sal, e as mais conhecidas são a Isla del Pescado e a Incahuasi.
Quando compramos o tour na sede da agência em San Pedro do Atacama, o vendedor nos avisou que a visita à ilha não poderia ser feita em função das chuvas que alagaram seus arredores. Mas nosso guia nota 1000 disse que a água já tinha baixado o suficiente e que ele conhecia bem o caminho para chegar lá de forma segura, então fomos conhecer a Isla Incahuasi.
O lugar é realmente bem curioso, com centenas de cactos enormes (vários deles chegam a oito metros de altura). Passeamos pelo circuito pela ilha, o caminho é todo demarcado. Há um pequeno museu no seu interior, com objetos da cultura local, além de uma estrutura com banheiros e um local onde o Gilmar preparou nosso café da manhã. Fizemos nossa refeição em uma mesa junto à entrada da ilha e somente quando estávamos terminando de comer é que chegaram outros três carros com visitantes.
Nos afastamos da ilha e paramos em uma região propícia para fazer as famosas fotos em perspectiva. Como o salar é bem plano e em muita partes não tem figuras no horizonte (como montanhas, por exemplo), é perfeito para fazer este tipo de brincadeira.
Em geral os guias levam itens que possam ser usados nessas fotos. Eu queria tanto fazer fotos com dinossauro que eu quase comprei um para levar na viagem, mas para minha sorte o Gilmar tinha um (para quem ainda está se perguntado como fizemos essas fotos com o dinossauro, vou contar o “segredo”: o boneco tem uns 30 centímetros de altura 😉 ).
Perdemos completamente a noção de tempo fazendo muitas fotos em situações diversas com o dinossauro, entre outros objetos como garrafas e lata de Pringles. Foi muito, muito divertido! Fizemos até alguns vídeos bem “ridículos”, demos muita risada!
Os truques para estas fotos são: 1) escolher uma direção onde não tenha nada na linha do horizonte e 2) tirar as fotos o mais perto possível do chão. O Gilmar usou o tapete de borracha do carro para se deitar em cima. Nós até tentamos aplicar essas dicas, mas quem tinha mesmo a manha era o guia e foi ele quem tirou as fotos realmente legais.
Quando já não tínhamos mais ideias para fazer fotos diferentes, fomos para uma parte do salar com uma lâmina d’água. Demos muita sorte em poder conhecer as duas “versões” do salar: a seca e a alagada.
O Gilmar nos recomendou levar chinelos para usar nessa parte. Eu recomendo também usar bermudas, ou melhor ainda, calça-bermuda – para poder tirar só a parte destacável. Ao caminhar ou, mais ainda, saltar para fazer pose para as fotos, a água respinga e deixa tudo com uma crosta de sal – a roupa fica bem suja.
O cenário é extraordinário, com o céu e todos os objetos sendo refletidos na camada de água.
Fizemos mais uma longa sessão de fotos variadas, explorando as possibilidades que o efeito espelhado dá. Novamente, nos divertimos muito e o Gilmar teve toda a paciência do mundo para tirar as fotos do jeito que queríamos, sem nos apressar.
Apesar de ser muito legal a função toda das fotos, não dá para deixar de lado os momentos de parar, olhar para a imensidão ao redor e se deixar preencher por todos os bons sentimentos que uma experiência como essa proporciona.
Sem a menor noção de quantas horas tinham se passado desde que o dia começou, nos dirigimos para o Hotel de Sal junto ao Monumento do Rali Dakar e ao Monumento das Bandeiras. O Gilmar nos largou a uns dez minutos de caminhada dali, ainda dentro do salar, e foi na frente pra ir adiantando o almoço. Aproveitamos nossos últimos momentos sobre esse lugar inesquecível.
Próximo post: Tour Salar de Uyuni – terceiro e quarto dias (após o Salar e retorno para o Chile).
Nossa viagem pelo Salar de Uyuni aconteceu entre 25 e 28 de janeiro de 2018.
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